A perturbação obsessivo-compulsiva (POC/TOC) é uma perturbação de ansiedade, com várias apresentações clínicas, que habitualmente inicia-se na infância, embora seja
frequente um atraso no diagnóstico de muitos anos até o paciente motivar-se a pedir ajuda técnica.

Geralmente os pacientes têm consciência que a sua sintomatologia é “descabida, irracional e excessiva”, o que induz frequentemente vivências de vergonha, mas alguns adultos e muitas crianças não têm esse insight.

Caracteriza-se por obsessões recorrentes (pensamentos e imagens intrusivas, incoerentes com a personalidade do paciente, logo indutoras de sofrimento mental) e rituais repetidos, que apesar da resistência do paciente em tentar impedi-los, estes ocorrem de forma compulsiva.

Os temas obsessivos e/ou os rituais associados, apesar de diversos e flutuantes, são frequentemente de contaminação/conspurcação; de limpeza; de verificação; associados ao medo de induzir dano a si ou aos outros pela perda de controle comportamental; de ordem/simetria sobre objetos ou atividades; ou de dúvidas incessantes sobre temas do quotidiano ou sobre temas existenciais.

A comorbilidade com outras perturbações psiquiátricas é elevada, especialmente com a depressão e com outros distúrbios de ansiedade. 

A Perturbação Obsessivo-Compulsiva tem tratamento eficaz, geralmente com boa resposta clínica. Existem psicofármacos eficazes, com boa tolerabilidade, que devolvem funcionalidade ao paciente. A psicoterapia estruturada (sendo a terapia cognitivo-comportamental a que tem maior validação científica nesta perturbação) permite ampliar a resposta clínica e fazer prevenção de recaída no futuro.

A Consulta de Perturbação Obsessivo-Compulsiva conta com pedopsiquiatra, psiquiatras de adulto e psicoterapeutas com experiência no tratamento desta área, que trabalham em articulação para melhores resultados clinicos.